ADphscn, Raul Dotto Rosa, fotografia computacional, 1181 x 1772 px, 2020
Agora é tarde. Priscila Rocha. Adesivo em vinil, objetos produzidos em gesso, soldadinhos de plástico, restos de objetos, soldadinhos de chumbo e mármore. 2020-1
…Não se sabe a data exata do colapso do terceiro milênio. Pesquisas recentes indicam que o fato ocorreu logo nas primeiras décadas, quando o vazamento de informações confidenciais de distintos governos, tornou pública a informação: o sistema econômico mundial não se sustentaria no curto prazo.

Os mais pobres, tornando-se cada vez mais pobres, seriam eliminados pela fome e pelas novas doenças, deixando de exercer o papel fundamental de consumistas compulsivos de coisas inúteis, afetando diretamente a fonte de renda dos mais ricos.

Como as informações foram negadas pelos governos envolvidos e ignorada por grande parte da população, a situação foi agravada até o momento em que a humanidade se viu diante de seu maior dilema histórico: escolher entre o capitalismo e a própria sobrevivência.

O que hoje nos parece a escolha óbvia, não era percebido da mesma forma. É preciso lembrar que durante muitos anos a humanidade foi educada para produzir e consumir como modo de vida essencial.

Aproveitando-se do fato anterior, os mais abastados desesperados por perder a condição de senhores do mundo, distribuíam metas de consumo individual. Quando estas eram atingidas, o cidadão era condecorado com uma folha de acanto em broches, medalhas e troféus, que se tornaram o novo símbolo de status da pequeníssima classe média ainda sobrevivente.

O fenômeno da folha de acanto se disseminou rapidamente pelo mundo e invadiu a arquitetura, a moda e as artes. Hoje podemos enxerga-lo como o último movimento artístico pré-colapso conhecido como Acantismo.

O Acantismo era caracterizado sobretudo pelo desejo global e incontrolável de obter a folha de acanto em uma de suas formas. Tal desejo desencadeou uma onda de assaltos generalizada provocada por aqueles que não possuíam recursos financeiros para obte-la. O caos se estabeleceu no mundo e a presença das forças armadas foi solicitada para garantir a ordem.

Os militares unidos e destinados a garantir a segurança mundial, concentraram não apenas o poder bélico, mas também um enorme descontentamento visto que a folha de acanto era uma condecoração militar tradicional e exclusiva a determinados membros e viam no Acantismo a banalização do símbolo. Pelo direito de uso da folha de acanto, foi iniciada a maior guerra histórica entre militares e civis.

Com medo da situação, as classes mais favorecidas, apoiaram os militares enquanto fingiam destruir as próprias folhas de acanto: joias foram enterradas nos jardins, paredes cobertas com gesso e muitos closets secretos foram construídos.

A guerra perdeu a força, mas boa parte da população civil e militar estava dizimada.

Sem esta parte do mercado consumidor, a economia não se sustentou e os recursos básicos a sobrevivência humana tornaram-se escassos. Por estes estabeleceu- se a última grande guerra mundial, onde todos os países foram destruídos, restando apenas pouquíssimos sobreviventes e vestígios, dando origem ao que somos hoje.
Alta Madruga (triplico), Musica alta. Série Luzes Artificiais. Bruno Alves. Tinta acrílica e esmalte sintético sobre tela não esticada. 50x50cm (cada). Ano 2020.
Atravesso rios de sangue. - Intotheelder -
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Fim de Tarde na Praia do Futuro, Fernando Gomes, Fotografia digital, 2020.
Future, Juliana Simonetti, vídeo, 2020
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Processo de_composição #3 [reparações]. Manu Neves. Estruturas para instalação (cobertores de feltro, asfalto, entulho de demolição) 40 x 30 x 20 cm aprox. cada estrutura 2020
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Série “#quarentimes” Desgaste do Pensamento -Técnica mista 50 cm x 32 cm 2020 - Luís Só_
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UtopiaDistopia - Luis Teixeira Mendes - Fotografia - 2020
Tudo é futuro. Ernesto Desrio. Apropriação e manipulação digital. 55cm x 12 cm
entre lobo e cão